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Milorde

Era o vinho, meu deus, era o vinho!

Milorde, 15.11.21

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Lembram-se da excursão que o Paulo das camionetas realizou? Pois eu ontem soube de algo que vou partilhar com vocês. Não é que eu queira saber da vida das outras pessoas, isso não me interessa para nada (que ideia!), mas os habitantes desta vila pacata insistem em vir cá a casa me contar as coisas e eu, mais por boa educação que outra coisa, escuto sempre com atenção!

Bem, voltando ao dia da excursão, chegou-me aos ouvidos que a Sra Almerinda encheu bem a pança de carne de leitão assado ali para os lados de Mealhada juntamente com uma caneca de vinho e que, já que a senhora tinha pago a caneca inteira, não iria deixar o resto para o restaurante. Que não me faça mal - dizia ela enquanto sorveu o vinho até à última gota.

Já na camioneta a senhora começou a sentir-se mal. Dizia que via tudo à roda tal como se ela se tivesse sentado num carrinho da montanha-russa.

- Parai a camioneta, parai! - diziam as pessoas.

- Mas eu não posso parar aqui no meio da auto-estrada - dizia o motorista - só na próxima área de serviço.

Mas já não foi a tempo. A senhora vomitou no chão do autocarro. Até as lembranças de Fátima ficaram manchadas de bordeaux. O motorista abriu as portas de trás em andamento para as pessoas apanharem ar pois o cheiro era nauseabundo. Quem olhasse para o chão do autocarro via todo o vinho desperdiçado de um lado para o outro ao sabor das curvas.

A Sra Almerinda ficou doente durante 3 dias e disse mesmo que nunca mais em toda a sua vida tocaria numa gota de álcool.

 

Mais uma rixa!

Milorde, 12.11.21

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Como já diz o ditado antigo: em dia de São Martinho come-se castanhas e bebe-se um bom vinho. E nisso os habitantes de Barbalimpa são fortes! O Jorge organizou uma pequena festa no seu café para comemorar o dia, ofereceu um pacotinho de castanhas assadas bem salgadas aos convidados (para puxar a pinga), e convidou até um grupo de cantares ao desafio.

Ao som das concertinas e de vozes bem altas e desafinadas (que cantavam uma série de parvoíces de cariz sexual), o pessoal dançava, cantava, gritava, davam murros na mesa e batiam o pé ao som da música.

Sou Gonçalo de Amarante

Está escrito na tabuleta

Quem tem mulher vai lá

Quem não tem bate à punheta.

Vocês já devem ter percebido. O Russo, que já tinha bebido pelo menos 4 taças de vinho tinto, lançou um piropo qualquer a uma mulher. O problema é que a mulher em questão estava acompanhada do marido que, obviamente, não gostou do comentário e partiu logo para a violência, desferiu-lhe um soco na boca. As pessoas que estavam perto logo foram acudir dizendo ao homem para ter calma, que aquilo era tudo uma brincadeira, mas o que é certo é que o Russo foi para casa com a boca a sangrar.

Depois do sucedido a festa esmoreceu. O grupo de cantares ao desafio deu por terminada a sua atuação e começaram a arrumar as ferramentas. Os restantes diziam que se fosse com eles a cena não se teria passado assim, comentários esses que só começaram quando o agressor se foi embora, claro está.

Bem faço eu que não frequento esse tipo de festas senão, com um pouco de azar, ainda sobrava para mim.