O Milorde fofoqueiro
O mecânico de Barbalimpa é viúvo. Conta-se que, após a morte da sua mulher, arranjou logo outra que conheceu numa dancetaria no Porto, casaram e ela mudou-se para aqui. A senhora era, digamos, um pouco espalhafatosa. Sempre que havia algum problema entre o casal a portuense vinha para fora de casa discutir com o homem para que toda a aldeia soubesse que o mecânico "não valia nada" e que era um porco. Por diversas vezes a GNR foi chamada ao local para acalmar os ânimos e conta-se ainda que o mecânico teve que lhe pagar cerca de 50 mil euros de indemnização após o divórcio de ambos.
Quem também se divorciou foi a Marlene, a corista que canta o Aleluia todos os domingos na missa das oito. O ex-marido vai sempre de bicicleta para o trabalho porque nunca tirou a carta de condução mas ainda está a pagar um crédito de um automóvel que comprou para a ex-mulher. Ora após o divórcio (conta-se que ela o expulsou de casa) o homem levou o carro com ele, não me perguntem como. Foi uma espécie de: não ficas comigo, também não ficas com o carro!
A Marlene trabalhava num lar de idosos, e eu digo trabalhava porque a senhora despediu-se recentemente e vocês já vão perceber toda esta história, digna de uma novela mexicana.
Sábado à tardinha a Marlene encomendou dois frangos de churrasco com piri-piri na churrascaria da Dona Conceição. Quando ela os veio buscar toda a gente ficou admirada a olhar para ela! Primeiro porque ela veio com um carro, mas um carro daqueles que a gente olha e diz: caramba! Saiu do carro com uns sapatos de salto alto e toda bem vestida, penteada e maquilhada.
Conta-se que ela anda metida com o mecânico.