Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Milorde

Milorde poupadinho

Milorde, 06.09.22

golden-gd70a4f659_1920.jpg

António Costa anunciou ontem as novas medidas de apoio às famílias.

Estava a grelhar uns cogumelos para os inserir numa boa omelete quando o nosso primeiro ministro começou a falar. A minha mãe colocou o volume da televisão no número 22 para ouvir melhor.

A primeira medida anunciada foi o pagamento de 125 euros a cada cidadão com rendimentos até 2.700 euros mensais.

- Vamos receber este valor por mês até ao final do ano? - perguntou a minha mãe esperançosa.

- Não mãe, é um pagamento único!

- Bem, menos mal. Assim já dá para a ajuda da renda de casa. Mas porque é que ele não baixou o IVA dos produtos alimentares?

Uma boa questão que eu não soube nem sei responder. Não sou economista. Mas creio que faltou muito mais apoios, nomeadamente no gás de botija que muitos portugueses ainda utilizam, principalmente nas aldeias.

Já há alguns meses, depois que esta guerra rebentou e os preços dispararam, que tenho poupado ao máximo nas compras. Tenho me dedicado mais à comida vegetariana que considero mais em conta e melhor para a saúde. A carne e o peixe são vendidos a preço de ouro!

O preço da minha eletricidade não passa os 20 euros mensais, e não, não ando aqui às luz das velas como já me disseram, é uma questão de comprar os eletrodomésticos certos e lâmpadas LED por todo o lado.

Renegoceio o meu contrato de telecomunicações sempre que possível, pouco me importa a fidelização desde que pague o menor preço.

A água é o meu calcanhar de Aquiles. Posso dizer-vos que pago mais na fatura da água que na fatura de eletricidade, e isso não consigo compreender. Tomo duches rápidos, utilizo a água que se perde no duche para o autoclismo (já coloquei uma garrafa com pedras dentro do autoclismo) e mesmo assim a fatura não baixa.

Partilhem comigo também as vossas dicas de poupança porque estas medidas que, supostamente, iriam nos aliviar fazem-me apertar ainda mais o cinto.

Frio

Milorde, 21.02.22

soap-bubble-g28190c0c5_1920.jpg

Ao domingo a Maria diz que não quer cozinhar. É o seu dia de folga, diz ela e eu não poderia estar mais de acordo porque a mulher bem o merece. Então, como já é habito em todos os domingos, vamos almoçar a um restaurante e desta vez escolhemos um bufete a peso devido à variedade de comida que o restaurante oferece e assim cada um come o que quiser.

"E então, almoçaram bem?" - perguntam vocês. Para responder com sinceridade digo que: não muito bem. Como na maioria dos restaurantes que já frequentei, a comida é servida praticamente fria! É impressionante a quantidade de vezes em que isto me acontece em Portugal. Em países como a França, Bélgica, Suíça, etc., os pratos ou as travessas em que é servida a comida são devidamente aquecidos, para que quando o prato chega ao cliente o mesmo esteja quente. Já para não falar que estávamos com frio dentro do restaurante, a Maria nem sequer despiu o casaco para almoçar.

O mesmo acontece com as casas. Ainda no outro dia vi uma notícia na televisão que dizia: "morre-se de frio em Portugal". Isto é uma vergonha! Porquê? Porque as casas não estão devidamente isoladas, porque não é obrigatório pela lei que a casa tenha aquecimento, porque é permitido alugarem-se casas que não têm as mínimas condições. É o tal "quem está mal, muda-se!" Varremos os problemas para debaixo do tapete.

Eu tenho aquecimento em casa, aquecimento a gás, mas não me atrevo a ligá-lo! Iria consumir uma botija de gás por semana, e ao preço em que está cada botija... feitas as contas eu não ganho o suficiente para pagar o meu aquecimento.

Também tenho um pequeno aquecedor a eletricidade mas só o ligo quando está mesmo muito frio, por uns 15 minutos para ambientar um pouco, pois ainda me lembro quando o deixava ligado por mais tempo e tive que pagar 80€ na fatura no final do mês.

Sejamos fortes!