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Milorde

O Milorde da crise económica

Milorde, 05.10.22

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Estamos a passar por um período de crise económica. Os preços dos bens alimentares, do gás, da eletricidade e das taxas de juro dispararam tal como uma bala de canhão que atinge o navio mais debilitado, o povo.

No entanto, e pelo que vejo, a crise económica não afeta assim tanta gente como parece! Para lhes dar um exemplo em concreto, e falo com conhecimento de causa ou não seria uma fonte fidedigna ou até mesmo um género de câmara de vigilância que está sempre atenta a qualquer movimento, digo-vos que vivo perto de um restaurante que tem fama de servir boa comida e que aos domingos e feriados é um pandemónio de gente que vem cá almoçar que era capaz de encher meio estádio de futebol. Os empregados de mesa, pagos a um preço irrisório, não têm mãos a medir.

Os carros - grandes marcas, lustrosos, clássicos até - amontoam-se nos passeios, nos caminhos de terra, e até mesmo na minha garagem se eu deixar o portão aberto! As pessoas todas elegantes nos seus trajes domingueiros fazem uma fila que chega quase até à rua, entretidas nos seus smartphones, à espera de uma mesa.

Já sentados pedem como entrada uma tábua de presunto, enchidos e queijos. Logo depois é servida uma travessa de polvo à lagareiro a 30€ a dose, seguida de sobremesas, cafés e digestivos. Sacam dos seus cartões multibanco para pagar sem mesmo verificarem a conta.

Hoje vou fazer uma omelete de cogumelos e queijo para o meu almoço. Uma refeição simples, barata e rápida para não gastar muito gás.

A ajuda que vou receber do nosso governo este mês é a mesma ajuda que essas pessoas que gastam 50/60€ num almoço vão receber... não sei se estão a perceber o que quero dizer!

E assim vai o nosso país.