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Milorde

A bebedeira do Chico

Milorde, 07.10.21

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O Chico ontem à noite já estava com uma bebedeira tamanha que ao falar babava-se todo, como se a sua língua fosse grande demais para a sua boca. O filho dele pediu ao Jorge, dono do café restaurante, para lhe preparar um prato de frango de churrasco para o jantar mas o Chico pouco comeu, a caneca de vinho tinto essa foi esvaziada em poucos minutos.

- Ó Fernando, é melhor levares o teu pai para casa - alguém lhe disse - senão ele ainda vai se sentir mal de tanto vinho que está a beber.

O Fernando bem queria levar o pai para casa mas o Chico debatia-se, dizia que não queria ir, que queria ver o jogo do Porto até ao fim, até ao ponto em que a certa altura o homem caiu no chão a espernear as pernas e a babar-se da boca.

- Chamem os bombeiros! - Berrou o Zé, também ele já a balançar-se, que o "vento" era muito!

Os bombeiros chegaram com os faróis acesos e a sirene a tocar e eu só queria que vocês vissem a cara deles quando o Chico se levantou do chão e disse que estava bem, mas o "vento" era tanto que o homem balançava como varas verdes.

- Eu não sei se devemos levá-lo ao hospital ou não - disse a bombeira mas, após uma chamada telefónica para uma médica, lá decidiram levar o Chico ao hospital. O Fernando não seguiu com ele, pediu para lhe ligaram quando o pai estivesse pronto (como se o senhor fosse a uma consulta e não a uma urgência hospitalar) e pediu mais uma cerveja ao Jorge.

No dia a seguir a Maria perguntou ao Fernando se o seu pai já estava melhor e ele respondeu que sim, já estava em casa a curar.

- E sabes o que ele disse no hospital? Que eu lhe tinha batido! Agora tenho que ir ao posto da GNR prestar declarações.

 

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