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Milorde

Milorde Talks

Milorde, 19.01.23

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Muito se tem falado, e sobretudo criticado, sobre o evento Cristina Talks. O Milorde não vai bater mais no ceguinho, até porque as pessoas são livres de gastar o seu dinheiro onde lhes aprouver, mas toda esta situação deu-me uma ideia que quero pôr em prática de seguida e espero que vocês me acompanhem.

Pensei em realizar um evento online que irá se chamar nada mais nada menos que Milorde Talks - um nome original, não é? - em que basicamente eu vou dizer uns disparates, coisa que nunca faço na vida; umas frases motivacionais tais como: "tu és mais forte do que pensas", "a vida é a sala de espera para a morte", "fazer xixi sentado é melhor para não sujar a sanita"; e também vou dizer-vos que com o meu primeiro salário comprei uma t-shirt que tinha escrito "made sex", que na altura não percebia nada de inglês e passeava com aquela t-shirt vestida com um orgulho enorme!

Claro que não irei realizar este evento gratuitamente, vocês bem sabem como a vida está cara, estamos em pela crise económica. Terá um custo de 19€ - que é para não chocar as pessoas e meter logo 20€.

Apressem-se porque estou a fazer conta de que os bilhetes irão esgotar em poucas horas!

O Milorde nas redes sociais

Milorde, 13.01.23

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Estou cada vez mais rendido às redes sociais. Tenho criado conteúdos para obter mais reações por parte das pessoas e tenho conseguido bons resultados. Aconselho todos vocês a fazer o mesmo para trazer mais pessoas das redes sociais para os nossos blogues. Temos que nos dar a conhecer!

E já agora não deixem de visitar a minha página Facebook e Instagram e deixar o vosso like.

O Milorde chocado

Milorde, 28.12.22

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Certo dia estava a pensar em como teria sido o meu nascimento quando, ao fazer as contas, me apercebi que a minha mãe casou-se já grávida sem o saber. Confrontei-a logo com a minha descoberta. Se ela casou em Agosto de 1985 e eu nasci em Maio de 1986 é provável que quando a minha mãe atravessou a igreja vestida de branco, com véu e grinalda, jurando amor eterno ao meu pai na saúde e na doença até que a morte os separe, eu já estava a ser gerado no seu ventre. A minha mãe limitou-se a concordar comigo, realmente sim é provável, mas se tal aconteceu ela não sabia.

Este assunto veio à baila no dia de natal quando estava reunido com toda a minha família na casa da minha avó. Disse que tinha chegado a essa conclusão e a minha mãe não se fez de rogada e logo respondeu que se aquele banco de carpinteiro que o meu avô tinha na carpintaria falasse tinha muitas histórias para contar. A minha tia, que na altura também namorava com aquele que viria a ser seu futuro marido, confirmou dizendo que quando olhou para o fundo da carpintaria viu a minha mãe deitada no tal banco e que logo depois só se ouvia o banco a ranger. Toda a gente se riu. Eu, por outro lado, também descobri que fui concebido num banco de carpinteiro, às escuras, escondidos dos meus avós, com a minha tia a ouvir... espetáculo!

Já que estávamos numa de conversar sobre a intimidade, uma outra tia também disse que o seu filho foi feito num palheiro, em cima da palha seca. "Antigamente é que era, até dava mais gosto!".

Digam-me se eu posso ser uma pessoa normal no meio desta família.

O Milorde chora com o riso

Milorde, 16.12.22

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Foi uma semana inteira de greve dos professores em que todas as manhãs era uma incógnita sobre se realmente haveria aulas ou não na escola de Barbalimpa. Uma das minhas sobrinhas teve aulas estes últimos 4 dias mas hoje, sexta-feira, a sua professora decidiu também fazer greve e então tive que ir busca-la. Veio cá para casa e juntos estivemos a limpar, a dançar, a comer e sobretudo a conversar porque a minha sobrinha é uma criança que fala pelos cotovelos!

Perguntei-lhe se todos os meninos foram para casa ao que ela me respondeu que só os do 1º ano é que tiveram aulas. E esta conversa terminou da seguinte forma:

Milorde: Quem é a professora do 1.º ano? É a mesma que a tua?

Sobrinha: Não, é outra professora. É aquela que dá peidos na casa de banho!

Milorde: O quê? - perguntei já a rir-me como um perdido - como é que sabes disso?

Sobrinha: Porque uma vez eu fui à casa de banho e ela estava na do lado e ela só dava peidos daqueles muito barulhentos.

Milorde: E depois?

Sobrinha: Depois eu saí da casa de banho e ela também. E eu fiquei a olhar muito séria para ela e ela virou a cara e foi embora.

 

Gente, eu chorei com o riso!

O Milorde explica o diafragma

Milorde, 13.12.22

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Sábado passado foi noite de jantar de natal de um grupo de dança do qual faço parte há muitos anos. Todos reunidos numa mesa comprida, servidos de uma serie de petiscos, depois uma carne assada acompanhada de batatas e salada, regados com um bom vinho tinto, o tema de conversa foi parar ao sexo.

Falou-se sobre o preservativo e houve alguém que referiu também existir um preservativo feminino. As senhoras ficaram admiradas porque em toda a sua vida nunca ouviram tal coisa.

É o diafragma, disse eu. Um colega fez uma pesquisa no Google para mostrar uma imagem do dito cujo. As senhoras visualizaram e escandalizadas disseram que não entendiam como é que um balão daqueles entrava na sua própria vagina.

Não é assim que isso funciona - disse eu. Expliquei de forma sucinta como é que o diafragma funciona e levei todas aquelas pessoas às lágrimas de tanto rir. Tanto que sempre que surgia uma dúvida sobre o assunto, as senhoras apressavam-se a dizer que: é o Milorde que explica!

Parece que Milorde deveria abrir um consultório sexual.

O Milorde informa

Milorde, 25.11.22

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O coveiro aqui da vila diz que agora leva mais 50 euros para fazer um enterro devido à inflação. As pessoas tentaram convencê-lo de que o aumento era exagerado - aí uns 20 euros a mais, tudo bem, agora 50 é muito! -, que os materiais que ele utiliza são os mesmos, é mais um trabalho de mão-de-obra, etc. Porém ele está irredutível! Não quer saber do que dizem, fez o seu preço. Quem quiser contratá-lo para o serviço pois muito bem ele irá com prazer, quem achar caro e não quiser pois que arranjem um outro coveiro!

 

O Milorde escandalizado

Milorde, 17.11.22

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Há mais um escândalo que ocorreu nesta vila pacata recentemente e que vou partilhar, ou não fossem vocês leitores ávidos por mexericos, principalmente daqueles bem intrigantes. Sabem bem que Milorde não perde uma oportunidade para vos pôr a par de todos os acontecimentos desta vila.

Acontece que uma professora, aqui há cerca de quatro anos atrás, decidiu abrir um centro de explicações aqui na vila não só para as crianças que tinham dificuldade em aprender mas também para aqueles pais que não têm onde deixar os filhos. Segundo alguns pais - e segundo o relato das próprias crianças -, a docente limitava-se apenas a fazer os trabalhos de casa, dando literalmente as respostas aos exercícios, e depois a meio da tarde faziam um lanche comum, onde as crianças juntavam o lanche que traziam de casa e cada um comia o que quiser, inclusive a professora que não trazia o seu próprio lanche e comias as bolachas quase todas, a gulosa!

Mas esperem, que a história não acaba aqui.

Com a inflação, esta maldita palavra que tem povoado a nossa vida desde o início da guerra, a renda do seu espaço aumentou. A professora não teve outro remédio senão aceitar. Deu a entender aos pais que provavelmente iria tentar arranjar um outro espaço mais barato mas que não se preocupassem, ela iria continuar a fazer tudo igual.

Os pais foram pagando a mensalidade sempre antecipadamente, até ao dia 8 de cada mês, incluindo o corrente mês de novembro. Depois desse pagamento, a professora mandou mensagens aos pais a dizer que não levassem os filhos no dia seguinte pois ela estaria ocupada em arranjar um outro espaço para as suas explicações. Nisto o tempo foi passando, e ela quando contactada dizia dava sempre a desculpa da lentidão das burocracias. Segunda-feira passada os pais encontraram o espaço completamente vazio! A professora tinha retirado tudo do espaço sem dar conhecimento a ninguém e ao contacta-la os pais dão de caras com o voice-mail da própria. A professora simplesmente desapareceu com o dinheiro das mensalidades do mês do novembro.

Os pais estão todo revoltados. Anda aqui uma espécie de caça à professora que está em parte incerta. Ninguém sabe de nada.

 

A greve dos miúdos

Milorde, 10.11.22

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"Mais de 50 alunos estão esta quinta-feira a bloquear todas as entradas da escola artística António Arroio, em Lisboa" - diz o site da SIC Notícias. "Os ativistas exigem o fim dos combustíveis fósseis e a demissão do ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, por já ter sido CEO de uma petrolífera". Reparem na palavra exigem.

Estava a almoçar com a minha mãe quando vi a reportagem na televisão e sinceramente aquilo pareceu-me mais uma festa de jovens que não querem ir para a escola do que uma manifestação séria. Os jovens ocupam uma instituição de ensino, não sei bem porquê, impedem a entrada de todo o pessoal, passam lá o dia entre gritos, música, danças e stories no Instagram, fazem as suas refeições e até dormem lá dentro em sacos-cama e colchões de ginástica. Querem lá vocês uma coisa mais divertida do que aquilo! Qual Sunset qual quê, o que está a bombar agora são as manifestações dentro da escola.

E agora eu pergunto: onde estão os pais deste bando de miúdos?! Eu não sou pai mas se o fosse certamente que não deixaria um filho meu fazer tal coisa, mas isto sou eu que tive uma educação talvez do século passado, penso que já esteja ultrapassado. No meu tempo se eu exigisse alguma coisa levava uma chapada que nunca mais me atreveria a fazê-lo. Eles exigem a demissão de um Ministro... mas está tudo bem ou quê!!

É preciso que estes jovens e toda a população em geral percebam que os produtores de petróleo e gás têm consciência do problema das energias fósseis e investem em energias renováveis mas esta mudança requer tempo senão vamos à destruição da economia mundial.

Resumindo, sou da opinião que toda a gente tem direito a manifestar-se quando assim o entender e com razões que o justifiquem, mas sejamos mais sérios e não ultrapassemos limites. A minha liberdade acaba quando eu invado o espaço do outro.

E agora, que comece o debate, que o circo vai pegar fogo!

O Milorde apressado

Milorde, 04.11.22

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Era uma manhã em que o céu se pintou de um cinzento escuro de onde caía uma chuva fina que nos lambia de cima abaixo. Saí de casa já atrasado para a minha consulta no hospital que estava marcada para as 11:30 e, a não ser que eu tivesse um jato particular, nunca conseguiria chegar lá a tempo. Há uma coisa sobre mim que vocês ainda não sabem: eu chego sempre atrasado! Não há hipótese. Eu bem tento programar as coisas com tempo, organizar tudo antes, contar todos os minutos, etc., mas mesmo assim há sempre alguma coisa que me atrasa.

Cheguei ao hospital depois de uma condução desenfreada e com o vidro do carro todo embaciado que quase não conseguia ver a estrada. Obviamente não havia um único lugar livre no estacionamento - às vezes até penso que existem pessoas que deixam lá os carros toda a noite ou então chegam às 5 da manhã só para poderem estacionar e complicar a vida aos outros - então tive que estacionar a cerca de 1 km de distância. Tenho sempre um guarda-chuva de reserva na mala do carro mas nesse dia, o dia em que mais precisei dele depois de tantos meses sem chover uma gota neste país, o guarda-chuva tinha desaparecido!

- Este dia tem tudo para correr bem! - disse eu em voz alta.

Corri pelas pedras da calçada dispostas geometricamente no passeio, tal como o meu caro João faz nas maratonas, para ver se não me molhava tanto e quando cheguei ao edifício, ofegante e com o cabelo colado à testa, a fila para o atendimento chegava à porta.

Fantástico. Não tive opção senão aguardar pela minha vez. De repente apareceu uma senhora que dizia querer apenas fazer uma pergunta. As pessoas, na sua boa vontade, deixaram-na passar e quando ela se dirigiu à receção já com o cartão de cidadão na mão para dar entrada no sistema dos seus dados, as pessoas começaram a reclamar. Foi como se ela tivesse colocado um fósforo numa moreia de palha!

- Ó minha senhora, era só uma pergunta!

- Tem que aguardar a sua vez na fila!

A mulher que estava na receção com cara de poucos amigos atrás de um vidro cheio de perdigotos lá lhe disse que tinha que, devido às reclamações, tinha que esperar pela sua vez. A senhora, a reclamar sobre a falta de respeito das pessoas como se ela própria não tivesse faltado ao respeito aos demais, foi para o fim da fila e uma outra, que também dizia querer fazer uma pergunta - pessoas curiosas! - seguiu-lhe o exemplo.

Finalmente chegou a minha vez. Disse à rececionista que estava um pouco atrasado com um sorriso envergonhado que mereceu, nada mais nada menos, um revirar de olhos de uma funcionária já cansada de um dia de trabalho que mal tinha começado. Tinha uns auscultadores com um microfone para onde confirmou o meu nome e o meu número de telefone assim em alto e bom som para o caso de alguém naquela fila interminável me quiser contactar para o que for. Querem privacidade? Não vão ao hospital público.

Quando cheguei a casa tinha uma dor de cabeça descomunal. Coloquei duas aspirinas num copo com água e enquanto as via a desfazerem-se numa espuma branca com bolhinhas pensava em como o tempo passa depressa e nem o sentimos.

O Milorde informático

Milorde, 03.11.22

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O Milorde admite que pouco ou nada sabe de informática.

Estes aparelhos que utilizamos quase todos os dias seja para o que for - no meu caso para escrever estas linhas que hoje vos deixo - e que estão prontos a serem utilizados mal os retiramos da caixa possuem uma complexidade de componentes, letras e números que uma pessoa dita normal nem sabe de sua existência e quando tenta explorar o assunto como quem não quer a coisa, o cérebro começa a dar um alerta que é melhor fugir dali enquanto é tempo.

Pois que Milorde decidiu inscrever-se numa formação para aprender todo este mundo magnífico da informática, pensando que iria se dar bem e quiçá trabalhar numa empresa como Técnico de Informática - um nome já de si deveras importante - com um bom salário que pudesse pagar todos os seus caprichos, sentado numa cadeira confortável em frente de um ecrã apenas a dar um cliques aqui e acolá... só que não!

Após umas aulas em que Milorde basicamente esteve no meio de jovens todos apetrechados de conhecimentos e gadgets, que percebem mais disto do que eu alguma vez percebi da burguesia, a aprender sobre Algoritmos e lógicas matemáticas para a programação das máquinas que têm à vossa frente, sentiu-se tão perdido como Alice no país das maravilhas sem direito a um coelho falante que lhe pudesse dar indicações e, então, percebeu que afinal o caminho que lhe está destinado não é por aqui.

Milorde não gosta de desistir de um desafio mas este, meus caros, é um passo maior do que a perna e não vejo outra opção senão virar costas, acelerar o passo e procurar um outro caminho menos tumultuoso.

Porque é que eu não posso ganhar a vida simplesmente a dar o ar da minha graça?