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Milorde

7 pecados - Inveja

Milorde, 23.12.21

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A Conceição (todos a tratam por São) oferece todos os anos um cabaz de natal com produtos alimentares a todas as pessoas necessitadas da vila. Em meados de Outubro a senhora coloca caixotes de papel perto das caixas dos mini-mercados para que as pessoas possam depositar aquilo que podem doar. Os habitantes aderem e gentilmente enchem os caixotes com bens essenciais como leite, bolachas, massas, arroz, azeite, conservas, etc. No dia 23 de dezembro, tal como uma mãe natal, a São passa pela casa das pessoas e oferece uma cesta cheia de boas coisas que as pessoas carenciadas agradecem emocionadas.

A Ana Luísa quando vê a São passar à sua porta sem parar comenta: a mim ninguém me dá nada, se quero alguma coisa tenho que ir trabalhar e comprar! Anda ela feita tola a ajudar essas malandras que estão bem gordas.

 

In-ve-ja

nome feminino

1. Desgosto pelo bem alheio.

2. Desejo de possuir o que outro tem, geralmente acompanhado de ódio pelo possuidor.

https://dicionario.priberam.org/inveja

 

O dia mais feliz com a LadyVih

Milorde, 21.12.21

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A minha convidada desta semana é a LadyVih, autora do blog A Duquesa e o Gato. A Lady chegou acompanhada pelo seu gato, vestida com um casaco de pelo fofo que lhe chegava até aos joelhos, saltitou por entre as pedras colocadas ao longo do meu jardim para não molhar as suas botas de camurça, e com uma gentileza que só ela tem deu-me um abraço apertado e agradeceu de imediato o convite que lhe fiz, pois diz que o 21 é um número muito especial para ela. E já vão perceber porquê.

O Misha quando viu o acompanhante da Lady ficou logo com um ar de desconfiado e, como dois cavaleiros que se preparam para um duelo, ficaram bastante tempo a olhar-se mas depois o Misha deu meia volta e desapareceu. Rimos os dois pelo sucedido e convidei a Lady a entrar e sentar-se no meu sofá. Pedi à Maria que nos servisse um chá de maçã e canela estava pronto para ouvir o dia mais feliz da Lady.

Ora bons dias ou boas tardes (depende das horas em que estarão a ler isto).

Foi com muito carinho que recebi este convite do Milorde para a sua rubrica. Com mais carinho ainda, pois o mesmo referiu que seria publicada no dia 21 e é um número que tem, para mim, um simbolismo carregado de muito Amor. Como é uma rubrica feliz e em tempo de Natal, é mesmo sobre isso também que eu venho falar.

Nada melhor do que esta época para falar sobre isso, pois o Natal é Família, Amor, Paz, Bondade...

O meu número, como lhe chamo, foi a minha primeira morada - na casa dos meus avós. E foi a morada que escolhi para todas as minhas férias (Verão, Natal, Carnaval...). Costumo dizer que fui nascida e criada no 21. Foi lá que dei os meus primeiros passos, que balbuciei as minhas primeiras palavras, que fiz os meus primeiros amigos, que me escondi com a minha melhor amiga para falar do meu primeiro amor, que aprendi o que era certo e errado... Também foi lá que tive os meus medos pela primeira vez (os incêndios, as cobras, etc), que tive as minhas primeiras quedas, as primeiras cicatrizes...

Fui crescendo, mas o 21 continuava sempre a ser morada dos nossos Natais, dos feriados e dos domingos em família. O 21 era Casa, era Carinho, era Amor. O meu 21 é isso mesmo: Família. É a minha Avó, o meu Avô e o meu Padrinho.

Andei anos a ganhar coragem para tatuar um 21 na minha pele em forma de homenagem. Demorei uma eternidade por medo das amigas agulhas... Mas, há 3 anos atrás, decidi fazer três tatuagens e duas delas em homenagem. Foi a primeira. O meu 21 está agora no meu pulso marcado a tinta, e no meu coração gravado permanentemente, floreado com carinho, cuidado e amor.

A tatuagem, vocês nem sonham a felicidade, o orgulho e emoção que me deu olhar para ela (ainda me dá!). E um dia marcado também por ter conhecido também a minha tatuadora, que é uma das pessoas mais lindas do mundo. Nada é por acaso, acredito. O meu 21 tinha de ser com ela! Não foi num dia 21, mas foi um dia que me encheu a alma!

Obrigada Milorde, pela oportunidade de homenagear, mais um bocadinho, quem me ajudou a ter uma infância feliz. Há sinais que a vida nos dá. E este, nesta época do ano, fez tanto sentido. Obrigada!

 

Elogios

Milorde, 15.12.21

Como hoje o meu tempo é curto não vou escrever um longo texto, mas quero deixar-vos um desafio muito interessante e peço a participação de todos vocês.

O desafio consiste em: fazer um elogio à pessoa que deixou o último comentário.

Não posso comentar em primeiro porque não irei fazer um elogio a mim próprio, por isso que for o primeiro o elogio será dirigido a mim. Quem começa?

 

O dia mais feliz com o Corvo

Milorde, 14.12.21

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O meu convidado desta semana é o Corvo, autor do blogue O Sítio do Corvo. Vestido de fato e gravata e bem penteado, o Corvo entrou pelos meus portões com um grande sorriso, satisfeito com o meu convite. Começamos por falar das minhas laranjeiras que oferecem lindas laranjas e um perfume inebriante e logo depois sentamo-nos em frente à lareira onde um fogo crepitava. O Corvo tem sempre muitas histórias para contar que eu fui ouvindo deliciado enquanto degustávamos uma chávena de chá de hortelã e uns biscoitos de gengibre e canela.

No entanto a história principal ainda estava por contar e o Corvo não se fez rogado e então contou-me aquele dia mais feliz.

Muito honrado pelo convite do Milorde para dissertar sobre o dia mais feliz da minha vida, apraz-me confessar com toda a sinceridade que foi aquele em que a periquita me disse sim ao meu pedido de casamento. Depois tive mais dias muito felizes mas esse foi o mais feliz, sobretudo porque não esperava que ela aceitasse devido à feroz e acesa concorrência de que era vítima.

Quando lhe perguntei se casava comigo, conhecia-a há seis dias, apenas, quando ali chegara enviado pela minha empresa empregadora, JAEA a fim de realizar um trabalho previsto para dez dias. Fui habitar um quarto de uma casa muito grande, dispensado por uma família composta de um rapaz, esposa e duas irmãs dele que a habitava.

Entrava-se para essa casa diretamente por uma varanda a todo o comprimento da casa, e nas extremidades dela as entradas para a casa propriamente dita. Sobre o lado esquerdo era a entrada para o meu quarto e na parte direita a entrada da dita família. A parte que me fora dispensada além de quarto tinha casa de banho privativa, sala e uma pequena cozinha, que pouca falta me fazia pois desde logo fiz tenção de nunca utilizar tirando, obviamente, o café pela manhã.

Cheguei, instalei-me fui tomar banho e vestir roupa limpa e pensei dar uma volta pela vila a ver aonde podia ir jantar e comer durante os dias que ali estivesse. Nestes preparos saio porta fora para a varanda e deparo-me com uma rapariga que entrava pela porta dela para dentro da sua casa. Achei-a muito bonita e agradável mas não mais que isso. O tal clic não ligou. Saí e encontrei uma pensão, jantei, sentia-me cansado da longa e fatigante viagem, e resolvi ir dormir.

Chego, entro para a varanda já nossa conhecida e reparo em quatro poltronas a todo o comprimento da varanda que antes não vira. Sento-me numa, acendo um cigarro e ponho-me a pensar na melhor maneira de iniciar o trabalho que ali me levara. Subitamente pela porta meio aberta da família moradora, tenho uma visão de sonho envelopada num bonito vestido amarelo clarinho a movimentar-se dentro de casa. Imediatamente todas as preocupações sobre o trabalho se eclipsaram e levantei-me de um salto. Os nossos olhos cruzaram-se e soube imediatamente que encontrara a mulher da minha vida.

Nessa noite pouco ou nada dormi e foi em muito mau estado, físico e racional, que dei início ao trabalho e durante ele só pensava em voltar rapidamente para casa para confirmar se sonhara ou se vivia uma realidade. Voltei, tratei de mim como de véspera, com apenas uma maior atenção. Barbeie-me pela segunda vez nesse dia, coisa que nunca fizera e fui sentar-me na varanda na esperança de a ver outra vez e pus-me a pensar na minha vida. Nunca conjeturei que ela podia ser a mulher do rapaz dono da casa, nem a primeira rapariga que vira. Instintivamente soube com maior clareza do que a do cristal reflete que elas eram as irmãs. Como de facto eram.

Algum tempo depois a família veio cá para fora, o rapaz, a esposa e a irmã mais nova - a primeira rapariga que vira na noite anterior -, sentaram-se cada um numa poltrona, mas ela não. A senhora dona dos meus pensamentos não veio. Fiquei muito triste e infeliz e recriminei-me que a culpa era minha por ter ocupado um lugar que logicamente era dela visto as poltronas serem só quatro.

Apresentámos-nos, conversámos, bebemos conhaque que amável e gentilmente a mulher do rapaz foi buscar lá dentro e por ela soube que a irmã mais nova, essa que ali se encontrava, viera para Angola para se casar com um primo em segundo grau. Ouvi desinteressado porque o que eu queria saber era sobre a outra irmã e por desgraça minha em tanto paleio nem uma palavra sobre ela foi dita.

Como ela não aparecia levantei-me para ir jantar e eles fizeram o mesmo. Levantaram-se e entraram em casa, eu fui jantar, mas como estava por de mais assoberbado pela imagem que me preenchia o todo, nada comi e voltei rapidamente para a varanda. Abençoada intuição. As duas irmãs e a cunhada delas também vieram e pude finalmente conhecê-la. Chamava-se Maria do ... e eu fui o rapaz mais feliz do mundo e cercanias por o saber pela sua boca. Durante quatro dias a cena repetiu-se; eu vinha para a varanda e ela também, às vezes a irmã fazia-lhe companhia, mas era por pouco tempo porque quase sempre lembrava-se que se esquecera disto ou daquilo por arrumar na cozinha e eu ficava sozinho ali com ela e desfrutava do Céu. E foi assim que quatro ou cinco dias depois lhe perguntei se casava comigo.

Ficou muito admirada, respondeu-me que nem sequer nos conhecíamos e eu disse-lhe que a minha alma a conhecia de toda a vida.

- Casas comigo, Maria? Juro amar-te e fazer-te feliz toda a vida.

E ela disse sim, casava mas pedia-me para lhe dar alguns dias de namoro porque nunca namorara na sua vida, e não queria ser a primeira mulher no mundo a casar primeiro e namorar depois.

Aceitei imediatamente. Estar e falar com ela e ouvi-la falar comigo era toda a minha realização. Namoros do meu tempo. Mãozinha dada, às vezes mais ousada, um beijo furtado aqui, outro oferecido ali, realização de duas almas em comunhão. Dois meses depois era e seria sempre a minha adorada mulher até trinta e sete anos depois Deus me dizer que ela já não era minha.

Amei-te quando te vi, e nos teus olhos eternamente me perdi.

 

O multibanco não está a funcionar

Milorde, 13.12.21

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Ontem foi dia de dar um passeio. Metemo-nos todos dentro do Renault e fomos até Castelo de Paiva comer a especialidade da terra, vitela e cabrito assados em forno a lenha. O caminho foi um pouco tumultuoso, curvas e mais curvas, mas as paisagens são magníficas, natureza pura.

Chegados ao restaurante fomos recebidos por um jovem empregado muito simpático que nos arranjou uma mesa ao pé da janela, num canto mais reservado e tranquilo. A Maria e o Sebastião pediram cabrito e eu, como não sou apreciador, pedi vitela assada. Para acompanhar um bom verde tinto fresco, daquele que pinta o copo e os lábios, e para mim uma coca-cola que também não sou apreciador de bebidas alcoólicas.

A comida estava deliciosa! A carne parecia manteiga de tão tenra que estava, desfazia-se ao cortar. As batatas pequeninas cheias de sabor, o arroz de forno uma maravilha e uma salada bem temperada de alface e tomate coração de boi. Pedimos sobremesa e cafés.

A real situação aconteceu depois. Pedimos a conta e foi-nos dito que para isso tínhamos que nos dirigir ao balcão porque era o dono do restaurante que tratava. O dono do restaurante, um senhor baixo e atarracado (com cara de mafioso - disse a Maria), disse-nos quanto era sem apresentar um talão. Eu como sou pessoa de conferir tudo antes de pagar pedi-lhe educadamente que queria um talão. O senhor, contrariado, lá me deu o talão com tudo descriminado. Apresentei o meu cartão multibanco para pagar e ele logo me disse:

- O multibanco não está a funcionar porque tive uma falha de internet.

Ah?! O que é que uma coisa tem a ver com a outra? Posso estar a cometer um grande erro mas no tempo em que trabalhei no atendimento ao público o multibanco só precisa de bateria para funcionar, e não de internet.

Não tinha dinheiro suficiente comigo para pagar a conta. O dono do restaurante, muito prestável, lá me disse onde poderia levantar dinheiro numa caixa multibanco próxima. Fui lá a correr enquanto a Maria e o Sebastião esperavam lá dentro.

Claro que o multibanco do senhor estava a funcionar, disso não tenho a menor dúvida, mas como eu já tinha pedido um talão que ele foi obrigado a tirar, ele não quis foi pagar mais uma taxa (ou o IVA ou um imposto ou lá o que seja) e fez-me percorrer alguns quilómetros até encontrar uma caixa multibanco para lhe poder pagar. Na minha terra isto chama-se "Fuga ao fisco".

Certamente que a todos vocês isto já aconteceu, não?

 

Crianças e os telemóveis

Milorde, 09.12.21

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A Joana foi chamada de urgência à escola por causa de algo que estava a acontecer com a sua filha. De imediato largou tudo o que estava a fazer e, obviamente toda preocupada, dirigiu-se à escola o mais rápido que conseguiu. Quando lá chegou viu a sua filha lavada em lágrimas numa sala com a professora e, de rompante, perguntou o que se estava a passar.

- Joana, peço desculpa por a ter feito vir cá assim de repente - disse a professora - mas algo de muito grave está a acontecer.

- Mas o que é que se passa?!

- A sua filha disse às colegas que a sua avô foi assassinada com uma faca.

- O quê?! - perguntou a Joana incrédula.

- Isso é verdade? - Perguntou a professora.

- Claro que não!! - E virando-se para a filha que mal a olhava - Margarida que história é esta?

A miúda ainda chorou mais e disse entre soluços que estava apenas a brincar. Que tinha visto uma cena dessas no YouTube e estava a fazer igual e todas as suas colegas acreditaram nela.

- Quando elas chegaram do intervalo, a Leonor perguntou-me o que queira dizer assassinada, e eu fiquei espantada por esse assunto ter vindo à baila. Insisti para que me contassem o que se tinha passado e dei de caras com esta situação. Como deve compreender eu não posso permitir um comportamento destes na minha turma pois as meninas ficaram assustadas.

A Joana desfez-se em desculpas e prometeu que a Margarida seria castigada. Nada de telemóveis durante um bom tempo.

Esta publicação serve para alertar todos os pais que deixam os seus filhos utilizar os telemóveis sem qualquer controlo. Porque na internet existe de tudo e as crianças têm uma imaginação muito fértil e inocente.

 

Último olhar de Miguel Sousa Tavares

Milorde, 08.12.21

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Fui à biblioteca à cidade mais próxima porque aqui em Barbalimpa não existe uma. E trouxe logo este livro comigo pois sou apreciador deste autor. Miguel Sousa Tavares nunca me desilude. Depois de "Equador", "Rio das Flores" e "Madrugada Suja", o meu top 3 deste autor, "Último Olhar" é um livro que vai alargar o meu top para um 4.

Este romance fala-nos de diversos assuntos interessantes desde a guerra civil espanhola, pelo campo de concentração nazi em Mauthausen na Áustria, até à situação de pandemia da qual todos nós ainda passamos.

É um livro de fácil leitura que eu recomendo.

O dia mais feliz com a Ana D.

Milorde, 07.12.21

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A minha convidada desta semana é a Ana D. autora do blogue Green Ideas. Apaixonada pela escrita a Ana partilha com os seus leitores todos os momentos do seu mundo green. Mal entrou pelos meus portões ficou maravilhada com o jardim que, mesmo com este tempo um pouco cinzento, não perde a sua beleza.

A Maria serviu-nos um chá verde e a Ana estava prontíssima para partilhar comigo o seu dia mais feliz.

Convidou-me Milorde a falar sobre os meus dias felizes. Assim sendo, aqui estou para lhe contar como fui feliz em todos os dias da minha vida com o meu querido Pai, que inesperadamente perdi em março e de quem tenho a maior das saudades.

O meu Pai era um homem extraordinário. Um homem de caráter e de grande resiliência. Sempre afável. Sempre disposto a ajudar. Um apaixonado por História. Um bom conversador. Tínhamos uma cumplicidade sem igual e por isso, quero deixar-lhe aqui nota de quão felizes foram os nossos dias.

 

Meu Pai,
 
Foi feliz cada dia
Em que contigo vivia
E que contigo sorria
Dia após dia!
 
Foram felizes e cheios de alegrias
Todos esses dias
Que caminhámos, lado a lado
Que caminhámos, de braço dado
 
Foram felizes e cheios de alegrias
Todos esses dias
Entre conversas e risadas
Leituras e caminhadas
Com tamanha cumplicidade
E tanto amor e amizade
 
Foram felizes todos os dias 
Que contigo vivi
Desde que nasci
Até que contigo, morri!

São Nicolau

Milorde, 06.12.21

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Tournai - Bélgica, 6 de dezembro de 1978

Daniel acordou mais cedo esta manhã. É o dia de São Nicolau! Depressa se levantou da cama, olhou pela janela e viu que a neve cobriu toda a paisagem com um manto branco, e dirigiu-se até à sala com um misto de ansiedade e alegria para ver o que o esperava.

A cenoura, o nabo e a couve verde que deixara na véspera para o burro que acompanha o São Nicolau comer estavam pela metade, e ao lado, ao pé do sapatinho que deixara na lareira, estavam os presentes! Este ano recebeu um carro telecomandado com uma pista e tudo!

No entanto, Daniel não tinha muito tempo para brincar com o seu novo presente porque tinha que se preparar para ir para a escola, neste dia tão especial em que o próprio São Nicolau iria visitar todos os meninos da sua escola.

Quando chegou à sua sala de aula todos falavam ao mesmo tempo para contar os presentes que receberam nessa manhã. Nem a professora conseguia pôr ordem na classe tal era a azáfama. Mas, de repente, alguém bateu à porta. Um breve silêncio abateu-se sobre a sala, todos de boca aberta de espanto.

- É o São Nicolau!! - gritaram todos ao mesmo tempo.

E era mesmo. E trouxe um saco cheio de presentes para distribuir por todos. E todos cantaram:

 

Ô grand Saint Nicolas,

Patron des écoliers,

Apporte-moi des pommes

Dans mon petit panier.

Je serai toujours sage

Comme une petite image.

J'apprendrai mes leçons

Pour avoir des bonbons.

 

Venez, venez, Saint Nicolas,

Venez, venez, Saint Nicolas,

Venez, venez, Saint Nicolas, et tra la la...

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